à Ricardo Martinho e Leidi Kitai
Embora cinza o dia, não deixou de olhar as flores, o Estranho que passava. Via em cada face a forma única em viver e algo um tanto generalizado: Na criança uma inocência a menos e no adulto uma muleta a mais...
No parque que circunda a alegria é onde há flores mais despedaçadas... Talvez fossem os jornais ou mesmo as brincadeiras juvenis, mas pensava ele que era realmente o sistema: As pedras cada vez mais moles e a sociedade alegremente dura ante a ternura das pequenas coisas.
Acima do nublado cintilava um sol, porém o que se via nos olhares eram ébrias memórias e anseios futurísticos.
As crianças esmagaram o grilo verde que mais cedo saltitava no caminho. (Ninguém pôde perceber!)
No crepúsculo cinzento não havia mais ninguém no parque, domingo enfim se despedia. Na volta, o corpúsculo esmagado inda tremia no banquete das formigas. O Estranho, refletivo, olha o mundo: A Esperança ainda serve de alimento para os Pobres!
C.St.
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