Quem morre sete dias por semana
não
brota ao lúzio erguido à cabeceira,
pois
ranha o astro aos pés, a segadeira;
E um
corpo a mais na ceifa se desmana.
Talvez por lucidez, a sina humana
arranque a casca, a capa derradeira,
mostrando o cerne oculto da madeira
e a seiva ardente dela, que se emana.
Nascer é sujeitar-se ao fogo argento:
enxofre, sal, mercúrio e chumbo. Ao vento,
fazer-se em cinza pedra indivisível.
É como transmutar-se em combustível
da grande mão que gira o firmamento:
carvão da arcana chama invisível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário