terça-feira, 3 de maio de 2011

Cálice de Ventre


Cale-se!
O verso dorme...

Decerto
sonha-me em delírio...

Acordar-me-ei?
Se existir...

Fingir poeta?
Quanto ainda...

E quanto ainda mais
negar o peso à gravidade
e desejar o inverso!

Perder-me ao cosmos
de versos
reversos...

“Quero ser poeta, mãe...
Quando crescer!”

Poema das pedras;
Lírio dos delírios
líricos
da língua...

Fingir poeta
ao tanto de fingir
ter alma...

Cale-se!
Ela dorme...

Decerto me escreve!




C.St.




...

2 comentários:

  1. ...
    do seu cálice
    a dose mais forte
    ainda transborda
    tingindo a borda
    da rosa cálida

    do véu da noite
    do vento norte
    o sopro do verbo

    um manto telúrico
    cintila Uni_versos...

    *lisa köe

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