sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um Estrangeiro no Mundo

               À Lima de Sá  


Quando ainda nuvem
no ventre da mãe,
já chorava a infinita
saudade do Pai:
O antes do verbo...

Viera da lira,
quando
ela ainda não existia;

Um pensamento alado
cujas asas
só se viam no descuido
nos seus lábios
ao frulhar um verso...

E lá,
no éter submerso
quando Deus inda dormia,
já se sabia antes do saber:
Que iria ser poeta sim...
Quando nascer!




C.St.


...

2 comentários:

  1. Um iluminado aniversário, irmão!

    Muita reflexão e inspiração...

    Abraços

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  2. Meu velho, estar aqui na presença de sua tão iluminada poesia para é um inefável deleite. És meu poeta preferido. Ergues a Lira como ninguém em nosso tempo... E estar junto com você, em irmandade Sansarística, é um êxtase que a cada dia desemboca na razão...

    Evoé, poeta querido, evoé!


    Lima de Sá de Lima

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