segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mãos de Vento, Tez de Mar...



A transparente mão na tez escreve
em versos tortuosos que se apagam,
são linhas delirantes que divagam
ao delicado tris dum risco leve.

E em canto plenilúnico descrevem
o sal da escuma aos lábios que se afagam;
Desejos são faluas que desaguam
das infinitas ondas indeléveis...

Mergulha à pele em língua, sede e vento.
Banzeiro... Ou num corcel a cavalgar;
O toque é liquefeito ao pensamento:

flutua no limite do calar.
Amar... É perscrutar um firmamento
na superfície trêmula dum mar.




C. St.


...


Um comentário:

  1. O toque, a transmissão do pensamento
    flutua no limite do calar...

    Que transcendência, Cartre!
    Que transcendência!

    Lima de Sá de Lima

    ResponderExcluir