A minha treva fede vinho tinto
corrupto de mórbida memória,
sugando da carniça provisória
o tíbio estro em fôlego faminto.
Perdão amor já nada mais eu sinto...
Apenas escorrer carnal escória,
não há saída... A vida é transitória!
Tão logo a “Outra” adentra este recinto.
Vestida co’o mais belo dos vestidos,
beijando os frios lábios codoídos...
Ceifando a luz da fraca chama fosca.
No altar, putrefação da carne tosca;
Há vermes pelos órgãos contraídos!
Já ouço o sibilar servil das moscas...
C.St.
...
São perfeitos!
ResponderExcluirSensíveis e fortes,tem algo entre a pedra e a pluma,o movimento e a imobilidade,a superfície e o fundo de todos os sentimentos,inteligentes sem contudo perderem a intima expectação da alma.Parabéns Poeta!É como pousar os olhos num oceano vertical onde posso me reconhecer muitas vezes como se fosse um espelho.